domingo, 6 de abril de 2008

2008 - Ano Nacional de Machado de Assis






2008: Ano Nacional Machado de Assis

O centenário da morte do escritor brasileiro Machado de Assis, considerado o maior expoente de todos os tempos da literatura nacional, será comemorado durante todo o ano de 2008. No dia 19 de setembro de 2007, foi publicado no Diário Oficial da União, a Lei nº 11.522 (a ALACAL reproduziu o texto da Lei em postagem do dia 06.04.2008), que institui 2008 como o Ano Nacional Machado de Assis, assinada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo ministro da Cultura, Gilberto Gil.
O Ministério da Cultura prepara uma agenda de intensas atividades culturais para marcar a data, iniciada já em 2007, com uma exposição sobre as obras do escritor na 27ª Feira do Livro de Santiago, no Chile, que foi realizada entre os dias 23 de outubro a 3 de novembro de 2007, na qual o Brasil foi convidado a participar como país homenageado.
Machado de Assis foi "um dos principais desafiadores e artistas da intelectualidade brasileira", afirmou o coordenador-geral de Livro e Leitura do MinC, Jéferson Assumção. "O centenário da morte de Machado de Assis é momento para se revisitar e iluminar um tesouro e, também, para colocarmos perguntas fundamentais à sociedade brasileira sobre nossa literatura e nossa cultura." Assumção informou que é intenção da equipe do Ministério da Cultura, encarregada de elaborar a programação da data comemorativa, transformar 2008 em um ano de celebração, rememoração e sobretudo de atualização do pensamento machadiano.




Machado de Assis (1839-1908)

Jornalista, cronista, contista, romancista, poeta e teatrólogo, Joaquim Maria de Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839, no Rio de Janeiro, cidade onde também faleceu, em 29 de setembro de 1908. Filho de um operário e uma dona de casa, perdeu a mãe muito cedo e, como não teve condições de realizar estudos regulares, foi um autodidata. É o fundador da cadeira nº 23 da Academia Brasileira de Letras (ABL), tendo sido seu primeiro presidente, cargo que ocupou por mais de dez anos.
Sua obra abrange, praticamente, todos os gêneros literários. Na poesia, inicia com o Romantismo de Crisálidas (1864) e Falenas (1870), passando pelo Indianismo em Americanas (1875) e o Parnasianismo em Ocidentais (1897-1880). Paralelamente, apareceram as coletâneas de Contos Fluminenses (1870) e Histórias da Meia-Noite (1873), e os romances Ressurreição (1872), A Mão e a Luva (1874), Helena (1876) e Iaiá Garcia (1878).
Depois, Machado de Assis entrou na grande fase das obras-primas - Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891), Dom Casmurro (1899), Esaú e Jacob (1904) e Memorial de Aires (1908) -, que fogem a qualquer denominação de escola literária e que o tornaram o escritor maior das letras brasileiras e um dos mais significativos autores da Literatura de língua portuguesa.






(Texto Original: Patrícia Saldanha, Comunicação Social/MinC)



(Texto Adaptado: Marcos de Andrade Filho, Acadêmico ALACAL)



(Fonte: Site do Espaço Machado de Assís, da ABL)

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